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Streaming: A guerra está só começando

Criada em 1997, a Netflix era uma empresa de aluguel de filmes online, mas em 2007 ela mudou e desde então tem mexido com a cadeia cinematográfica mundial, apontada como responsável pelo fim das locadoras de DVDs. O serviço de streaming conquistou o globo inteiro e tornou-se, além de player, uma grande produtora de conteúdo. 

Tudo começou com a criação de House of Cards em 2013, sua primeira produção original que foi sucesso no mundo inteiro e incentivou a empresa a criar novos produtos como Orange is the new Black, Stranger Things, Black Mirror, Sabrina, 3%, entre outras tantas.

House of Cards (Fonte: Divulgação Netflix)

Além disso, filmes originais como Birdbox, MoodBound, Beasts of no nation e ROMA, de Alfonso Cuarón, que conseguiu a proeza de ser indicado a Oscar de Melhor filme, levando melhor Direção e Fotografia, além de Filme Estrangeiro, inéditos para o Streaming. Mas essas produções ainda não são a maioria do seu catálogo, que depende sempre de conteúdos de terceiros.

Roma (Fonte: Divulgação Netflix)

A gigante do varejo, Amazon, criou o seu próprio serviço de streaming em 2006, o Amazon Prime Video e vem investindo pesadamente em produções próprias como The Marvelous Mrs Maisel, ganhador de vários prêmios, The Grand Tour, American Gods, Mozart in the Jungle e a polêmica Good Omens também fazem parte do seu catálogo, assim como produções de outras grandes empresas.

The Marvelous Mrs Maisel (Fonte: Divulgação Amazon)

O Hulu é um dos serviços concorrentes desde 2007, que possui em seu catálogo a famosa produção The Handmaid’s Tale (em cartaz no Paramount Channel e no Globo Play). Briga por uma fatia de mercado, mas apenas lá fora já que ele nunca chegou ao Brasil. Atualmente ele está em processo de fusão com a Disney, depois da compra da FOX, controladora do serviço.

The Handmaid’s Tale (Fonte: IMDb)

O domínio do serviço estava fluindo bem apenas na mão deles até que isso começou a encher os olhos de grandes produtoras e distribuidoras de conteúdo como a Disney e agora a Warner. E no Brasil a Tv Globo.

A The Walt Disney Company entrou na briga em 2017 quando anunciou que iria lançar a sua própria solução chamada de Disney+ e avisou que seu catálogo sairia da concorrente este ano, em 2019, quando iniciaria a venda de seus serviços. 

Isso significa que tudo da Disney, LucasFilm, Pixar, Marvel, National Geographic sairá do catálogo da concorrência brevemente. Grandes produções como Vingadores Ultimato, os próximos Star Wars, Alladin e O Rei Leão não entrarão mais no catálogo dos concorrentes.

Vingadores – Ultimato (Fonte: Divulgação Marvel/Disney)

Outro grande produtor de conteúdo mundial anunciou recentemente outro golpe na Netflix e incendiou a guerra: a Warner Media juntou suas marcas principais e criou o HBO Max, um serviço de streaming composto por seus canais e produtoras de cinema e TV: HBO, New Line, Warner Bros., DC Entertainment, TNT, CNN, TBS, Cartoon Network, Boomerang, Esporte Interativo, entre outros.

Grandes produções da HBO, que nunca entraram no catálogo dos streamings, como Game of thrones (indicada a 32 emmys), Westworld e Chernobyl (Indicada a 19 emmys). Além do imenso catálogo da Warner Bros. que tem nomes como Friends, Harry Potter, Liga da Justiça, Superman, Batman e outros em seu poder.

Game of Thrones (Fonte: Divulgação HBO)

Com esses anúncios recentes, a Netflix e a Amazon Prime Video terão que investir ainda mais em suas produções próprias, algumas já de muito sucesso e que têm recebido elogios da crítica especializada, mas que ainda não conseguem ser um volume tão expressivo no catálogo completo das empresas.

Para completar a bagunça, a Apple anunciou este ano o lançamento do Apple TV+, sua nova plataforma de streaming com a criação de novos conteúdos com grandes nomes do mercado de produção cinematográfica e de TV americanos. Famosa pela qualidade de seus produtos, já imaginamos que devemos esperar coisa boa vindo por aí.

Oprah no lançamento do Apple TV+ (Fonte: Apple Brasil)

No Brasil, as empresas não conseguiram muito sucesso nas negociações para aquisição de conteúdo da gigante do entretenimento TV Globo que, percebendo o movimento do mercado, criou o seu próprio serviço de streaming com suas famosas produções próprias e conteúdos de terceiros, além dos conteúdos de seus canais pagos Globosat e filmes de sua produtora Globo Filmes.

Aonde essa guerra vai chegar, é difícil prever, mas é previsível que teremos que gastar pra ter mais de um serviço de streaming em breve já que cada marca vai fechar os direitos do streaming para sua própria plataforma. A colaboração está dando lugar à competição.

Uma coisa é certa, o serviço de streaming mudou completamente a forma como consumimos conteúdo e as produções estão ficando cada vez mais ousadas e originais, o que é muito interessante para nós, a audiência.

Publicado originalmente no Site RG

Quer fazer sugestões de temas para a coluna? Escreva para contato@marcostenorio.com

Marcos Tenório é Designer, Sócio da Kalulu Design&Comunicação, Mestrando em Design de Artefatos Digitais pela Universidade Federal de Pernambuco e professor de Materiais e Tendências e Design Universal em Design de Interiores na Uninassau.

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Nostalgia nossa de cada dia

A tecnologia evolui rapidamente e, muitas vezes, não temos nem tempo de nos acostumarmos com as novidades e elas já viram obsoletas. Na informática, a chamada lei de Moore, criada pela intel, diz que todos os chips se tornam defasados a cada 18 meses.

Isso faz a indústria da tecnologia esteja em constante busca por criar novas soluções para evitar que essa lei seja quebrada. Surgem sempre novos smartphones, computadores, tablets, smartwatches e outros gadgets que preenchem nossos desejos.

Ainda assim, estamos sempre voltando nossos olhares para o passado, lembrando sempre como era melhor isso ou aquilo. Como as coisas não quebravam tão facilmente ou até mesmo do chiado das nossas músicas nada digitais que tocavam em vinis e cassetes.

Walkman (Divulgação Sony)

Criado em 1979, pela Sony, o Walkman foi o queridinho de uma geração que, pela primeira vez poderia levar a música para onde quisesse. Esse aparelhinho de 40 anos era capaz de tocar fitas cassete e poderia ser preso no seu cinto para maior comodidade e mobilidade.

Volta e meia o mercado é sacudido por movimentos de retorno ao passado, um sentimento de nostalgia delicioso que toma conta de nós, consumidores, por conta de séries, filmes e tendências da moda que estão sempre indo e vindo.

Stranger Things (Divulgação IMDb)

Atualmente em sua terceira temporada, Stranger Things, série da Netflix, está mexendo com a memória de pessoas, como eu, que cresceram nos anos 1980 com suas referências e a turminha corajosa que enfrenta monstros do mundo invertido, que sempre atacam a estranhamente famosa e sofrida cidade de Hawkins.

Nessa temporada, que estreou no último dia 04, eles descobrem que Demogorgon mandou um representante (medonho, diga-se de passagem) para encontrar nossa querida Onze (ou Eleven na versão original) que, ao som de Material Girl e muito spray de cabelo (com permanente), descobre as delícias do shopping center recém inaugurado na cidade.

Stranger Things (Divulgação IMDb)

Ainda brinca com temas recorrentes da época da guerra fria como a espionagem russa e a explosão dos shopping centers nos Estados Unidos que esvaziou os centros das cidades quando tornaram-se o principais pontos de encontro dos jovens americanos.

Outra tecnologia do passado que a série explora é o rádio amador, que existia em muitos lugares do globo e era usado para comunicação ou curiosidade. Nesse caso Dustin usa pra falar com a sua misteriosa namorada Suzie, que ninguém acredita que exista. mas eles acabam ouvindo outras coisas durante as tentativas do garoto em falar com ela.

Stranger Things (Divulgação IMDb)

Com o tom de sessão da tarde assustadora, no melhor estilo das produções das décadas de 1980 e 90, a temporada mantém o mesmo nível de qualidade e mexe com as nossas memórias (me perdoe quem não tem mais de 30, mas a TV era bem mais divertida na minha infância).

Esse movimento vintage/retrô na música já vem acontecendo há algum tempo com o retorno do disco em vinil, declarado morto em meados de 1990. É cada vez mais comum encontrar lançamentos que acontecem paralelamente nos serviços digitais, em CDs e nos LPs. Recentemente Madonna lançou o novo álbum Madame X em Streaming, CD, LP e Cassete.

Versões de Madame X (Divulgação)

Não é falta de CDs ou streamings com o mesmo conteúdo dos clássicos bolachões, mas quem os busca, de forma até fetichista, quer encontrar o som rústico, com chiados característicos do encontro da agulha com os riscos impressos na no disco de vinil.

Será mesmo que antigamente as coisas eram melhores? Ou estamos em busca de um passado romantizado que criamos em nossas cabeças?

Sempre que surge uma nova tecnologia, chega também uma ameaça às tecnologias vigentes. O cassete substituiu o vinil e foi substituído pelo cd, que está com os dias contados desde o surgimento do streaming e suas imensas possibilidades.

A qualidade dos streamings é idêntica ou até superior à dos cds e dvds, que estão em ameaça de ter o mesmo destino de cassetes e vinis no passado (para talvez voltarem em uns 10 anos, da mesma forma que os seus companheiros mais velhos). Mas estamos sempre em busca dessa memória afetiva com a música do passado.

Publicado originalmente no Site RG

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Quando uma vida só não é suficiente

Estamos experimentando uma revolução no nosso estilo de vida. Inteligência artificial que, além de tantas coisas, tem melhorado a qualidade da nossa alimentação e modificado a nossa vida ao ponto de pensarmos, mais uma vez na história, em viver para sempre.

Os alquimistas do passado que nos perdoem, mas a descoberta do segredo da eternidade parece ter ficado para a nossa geração. Já estamos sendo considerada a população mais idosa que existiu. Inclusive o número de nascimentos em alguns países é bem menos do que alguns anos atrás.

Pode parecer ficção, mesmo que sempre seja retratada em séries como Black Mirror (que assustou muita gente desde a sua estreia), Westworld (com questões mais filosóficas sobre o nosso possível futuro com a inteligência artificial) e na mais atual Years and Years (que estreou no dia 28 de junho no canal pago HBO e retrata os possíveis acontecimentos de se sucedem de hoje até 2024 no mundo). Mas isso é bem possível e real.

Estamos mais ativos e isso pode ser um retrato do apoio das novas tecnologias que nos motivam a levantar e praticar atividades físicas. Para além dos aplicativos fitness que já falei aqui há algumas semanas, o movimento Biohacking tem como ideal a criação de super humanos a partir da modificação dos corpos (implante de chips embaixo da pele, utilização de suplementos e alimentos) ou utilização de tecnologias externas para melhorar o sono, a força, a visão, etc.

Essas e outras ações são parte do transumanismo, que acredita que é possível e desejável alterar a condição humana através do uso de novas ou antigas tecnologias para criar uma linhagem de seres humanos superiores. E isso já está se tornando realidade.

Years and Years – IMDb

Em Years and years, já no primeiro episódio há um momento em que Bethany, a filha deprimida do casal Stephen e Celeste. A garota, desde o começo já se mostra adepta de modificações corporais para sentir-se melhor. Ela usa um holograma que substitui seu rosto e voz por emojis (ou animojis) na interação com os pais.

Em uma cena mais próxima do final do episódio, confessa aos pais que é Trans…humana e que gostaria que fosse feito o download de seu cérebro pois ela não se sentia parte do corpo que ocupava e gostaria de se transformar em código.

Essa discussão já pode ser vista em Westworld, em um episódio que mostrava a tentativa de fazer a mesma coisa em um dos robôs, com o cérebro de um dos sócios do parque temático, dessa vez sem sucesso e cheio de problemas na adaptação ao novo corpo.

Personagem de Westworld testando o upload do cérebro de James Delos. Divulgação IMDb

O Biohacking, apesar de ter um nome bem atual, não é nada de novo. O ser humano sempre buscou formas de resolver as limitações do nosso corpo, assim como algumas deficiências utilizando melhorias internas ou externas. Desde os sete anos que eu uso óculos para correção de miopia e nem por isso houve uma discussão ética em torno desse tipo de modificação corporal.

Os transumanistas discutem como potencializar essas melhorias e criar uma nova espécie de humanos. Mais forte, mais saudável e com uma visão mais aguçada como, por exemplo, a aplicação de lentes e substâncias que tornam possível a visão de objetos menores a uma distância de 50 metros ou mais.

Nos primeiros minutos do primeiro episódio de Years and Years, um dos protagonistas pergunta a um bebê recém-nascido: Se o mundo está ruim agora, como ele será para você daqui a 30 anos? Ou 10 anos? ou 5 anos? Como será?

Years and Years – IMDb

A resposta da série, pelo menos no primeiro episódio, não é nada animadora. Mas será mesmo que queremos viver mais em um mundo cheio de contrastes e problemas como os ambientais que aumentam a cada dia? Não seria a hora de parar para consertar o nosso planeta, antes de querermos ser eternos?

Texto Publicado originalmente no SITE RG

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O seu dinheiro está mudando, outra vez

Há algum tempo não imaginávamos que o dinheiro mudaria tanto, e não estou falando de planos econômicos milagrosos que conhecemos bem nas últimas décadas. Desde a popularização dos cartões de débito, o dinheiro de plástico vem tomando conta de nossas transações, segundo o Banco Central, entre 2013 e 2018, o número de pessoas que escolhem pagar suas contas e consumir com o papel moeda caiu de 78% para 60%.

Várias questões podem refletir nessa mudança de comportamento, desde a praticidade de com apenas um cartão de plástico, todas as suas compras serem efetuadas, até a questão de segurança que sempre está presente em nossa cultura e nos obrigar a andar com menos dinheiro e bens visíveis.

O nosso dinheiro tem características que o fazem ser como ele é: tangível, regulamentado por um sistema central e relativamente fácil de falsificar. Por mais que criemos mecanismo para torná-lo mais seguro, criminosos sempre buscam formas de adquirir mais dinheiro de forma ilícita. E isso acontece em todos os países, não só no Brasil. Até o poderoso Dolar, possui mecanismos para evitar a falsificação.

Nos últimos anos começamos a ouvir mais sobre uma moeda virtual que possui regras próprias e independe de sistemas centrais de controle para existir. O Bitcoin, criado por Satoshi Nakamoto em 2009, possui uma lógica interessante: é um código criptografado que é enviado por uma pessoa para outra, que possui a autorização para receber e reinterpretar o código criptografado. Essa segurança nas transações a batizou de Criptomoeda.

Pixabay

Inicialmente apenas virtual, essa moeda é uma série de códigos que são recalculados para gerar respostas a um problema matemático. Após esse resultado, é gerado o valor. A partir de 2009 a cotação da moeda virtual começou a ser vinculada a uma moeda real e foi estabelecido que 1309.03 bitcoins equivalia a US$ 1.

A primeira transação no mundo real com essas moedas, aconteceu em maio de 2010 e custou o valor de 10000 bitcoins por duas pizzas (que custariam 25 dólares na ocasião). Tudo caminhava bem até que, em 2010, o sistema foi hackeado e foram gerados milhões de bitcoins de forma irregular. Isso foi corrigido mas, como se trata de dinheiro, a confiança foi abalada e o valor da criptomoeda despencou.

A segurança foi implementada e a moeda virtual tornou-se um grande investimento arriscado por conta da grande flutuação de seu valor. Na cotação de hoje, um bitcoin está cotado a US$ 12485,35 e apresentou alta de 9,9% em relação à última cotação, alavancada com o anúncio recente do Facebook que falarei a seguir. Mas é comum ver que os valores sobem de forma vertiginosa ou despencam em questão de horas. 

Pixabay

Esse valor muda de acordo com a disponibilidade de bitcoins no mercado e também pela especulação econômica, por isso é considerada um investimento de risco. Há casos de desvalorização de 20% em 24 horas, o que exige bastante cautela do investidor.

Com o tempo e o sucesso do bitcoin, percebeu-se que existia aí uma grande possibilidade, então começaram a surgir empresas corretoras de bitcoins e outras criptomoedas paralelas à original, com menor valor de investimento e, às vezes, menos seguras.

Aconteceram recentemente alguns problemas de segurança relacionados a esse tipo de moeda, inclusive o desaparecimento de valores das contas dos proprietários da noite para o dia. O que tem despertado bastante receio de aplicar nesse tipo de moeda.

Os governos de alguns países também não têm sido muito receptivos com a ideia, apesar de alguns pensarem a criação de suas próprias moedas virtuais, como o Banco Central do Brasil, o Japonês, entre outros. No outro extremo, a Tailândia proibiu, em 2018 as transações com criptomoedas e o CVM em 2018, no Brasil, proibiu que fundos investissem nessas moedas após ameaça de veto pela Coreia do Sul por conta da volatilidade atribuída a elas.

Shutterstock

Para colocar mais tempero nessa sopa de cifras e letrinhas, o Facebook anunciou recentemente a Libra, uma criptomoeda criada junto com um consórcio poderoso, junto com a carteira virtual chamada Calibra. Prevista para estrear em 2020, ela possibilitará transferências, pagamentos e transações online, sem cobrança de taxas e direto do seu Messenger e Whatsapp. 

Essa é uma boa hora para o tio do whatsapp aprender a não baixar mais vírus no celular. O custo será outro.

Facebook (Divulgação)

O argumento da empresa é que existem certa de 1 bilhão de pessoas adultas que têm celular e nunca abriram uma conta em banco. Seu diferencial, segundo a empresa do Zuckerberg, é a estabilidade do valor, por possuir uma reserva ativa mantida por empresas da Associação Libra que, além do próprio Facebook, inclui Uber, Spotify, Visa, Paypal, MercadoPago e Mastercard. Agora a brincadeira parece bem séria!

Facebook (Divulgação)

A sinalização de um grande player mundial como o Facebook como criador de uma nova criptomoeda pode dar mais segurança a esse tipo de investimento, que há algum tempo era permeado por receio e desconfiança. Isso também pode ser um sinal da penetração das moedas virtuais em um mundo que sequer sabia de sua existência.

Facebook (Divulgação)

Não pretendo fazer uma análise econômica das criptomoedas nesse artigo, pois não sou expert na área, apenas discutir as suas possibilidades tecnológicas. Não sabemos o que está por trás do interesse do Mark Zuckerberg nessa empreitada, afinal, como o facebook ganhará com isso? E nós podemos confiar na sua empresa? 

O seu dinheiro está mudando, mais uma vez, e as consequências disso ainda não podem ser mensuradas. Talvez seja essa uma boa hora de observar que mudanças acontecerão e de que forma isso poderá lhe afetar. Mas lembre-se que o papel moeda está cada vez mais fora de moda.

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Chernobyl: Qual a verdade que você quer acreditar?

O fenômeno das redes sociais tem mexido conosco de todas as formas, nos transformou em ávidos caçadores de likes. Até aí tudo bem, carência sempre tivemos, mas algumas pessoas têm passado dos limites em diversas situações que mexem, inclusive com respeito a desastres muito sérios.

Chernobyl – Reprodução IMDb

Recentemente, a HBO finalizou a minissérie Chernobyl que, com maestria conta a história que nós, do lado de cá sabemos (ou imaginamos) sobre os acontecimentos do ano de 1986 que levaram a um dos maiores incidentes causados pela humanidade e que, até hoje, tornou partes da Ucrânia e da Rússia inabitáveis.

Chernobyl – Reprodução IMDb

A série conta, desde o primeiro minuto do acidente nuclear que explodiu o reator 4 da planta nuclear instalada em Pripiat, cidade mais atingida pela radiação e que até hoje oferece perigo aos seres vivos. Na ficção (ou não), vemos todo o desenrolar e tentativas dos cientistas Valery Legasov e Ulana Khomyuk (representando o grupo de cientistas que apoiaram Legasov) de evitar uma catástrofe ainda maior.

Chernobyl – Reprodução IMDb

O governo soviético, para manter sua imagem positiva para o exterior, buscou minimizar os danos e evitar chamar a atenção para as gravíssimas consequências do desastre que, segundo eles, matou 31 pessoas, mas nas estimativas de organismos internacionais, está entre 2 e 93 mil pessoas direta ou indiretamente afetadas pela radiação.

Chernobyl – Reprodução IMDb

Os soviéticos ignoraram os alertas dos cientistas, ignoraram instruções de segurança e buscaram abafar qualquer informação para o restante do mundo. Os resultados são conhecidos e assombram nossa história até hoje.

A Rússia, em retaliação à HBO, pretende proibir a série, o deputado Serguei Malinkovich, um dos dirigentes do Partido Comunista, diz que “A série de televisão sobre os dramáticos acontecimentos de abril de 1986 é uma ferramenta ideológica desenhada para desprestigiar e demonizar a imagem dos dirigentes e do povo soviético”.

Além disso, ele fala que deve processar a direção e a produção da série por calúnia. Já o Ministro da cultura Russo, Vladimir Medinski considera a série magistral e que imaginava que seria bem pior o retrato dos acontecimentos mas, ainda assim, fala que a série exagera em alguns pontos e comete erros.

Para completar o imbróglio, o Kremlin anunciou que usará uma de suas redes de televisão para produzir uma minissérie com a “verdade” dos acontecimentos que, segundo eles, foram causados por um agente da CIA infiltrado para sabotar a usina.

Verdades absolutas não existem, todos sabemos que cada lado tem suas razões, mas o produto audiovisual da HBO é forte candidato para premiações e entrega uma qualidade enorme na carga dramática e na produção.

Por outro lado, com o sucesso da série, estão se popularizando ensaios – até sensuais –  de influencers na região de Pripiat, hoje parte da Ucrânia. Ao ponto de o criador da série, Craig Mazin, pedir para que essas pessoas respeitem a história do local. Necessidades de likes à parte, a cidade é o retrato de um episódio muito doloroso para a humanidade e transformar isso em um palco para espetáculos pessoais é algo perturbador.

Pripiat foi completamente esvaziada após o incidente e até hoje segue como uma cidade fantasma, estima-se que a radiação a tornará inabitável por cerca de 24 mil anos. Ainda assim, depois da veiculação da série, o número de turistas interessados em conhecer o local, que necessita de autorização especial e cuidados seríssimos para não serem contaminados pela radiação, cresceu em torno de 30%.

Caso semelhante aconteceu com o campo de concentração de Auschwitz, que também foi povoado por pessoas em busca de likes fazendo poses glamurosas em frente a um dos locais onde aconteceram parte dos episódios mais dolorosos e sangrentos da história da humanidade.

Essas pessoas, que têm o poder de influenciar o comportamento de outras pessoas, deveriam ser mais cuidadosas pois, suas ações podem ser copiadas pelos seus seguidores em série e gerar transtorno em vários lugares do mundo. Quem não lembra das fotos da modelo Nana Gouveia após o desastre do furacão Sandy em Nova York? Aquilo foi constrangedor, inclusive para ela.

As redes sociais estão nos tornando pessoas egocêntricas e apenas preocupadas em chamar a atenção para si?

Não nos importamos mais com o outro nem respeitamos a história?

Decidi não colocar imagens dos “influenciadores” para não dar audiência para eles.

Imagino que ainda precisamos aprender bastante e amadurecer para poder usar as redes que sim, tem potencialidades muito boas e pode estreitar laços, além de criar novos. Por mais razões mercadológicas que hoje existam nas redes sociais, elas são ferramentas importantes para a nossa nova dinâmica social.

Chernobyl – Reprodução IMDb

Se você ainda não assistiu à minissérie Chernobyl, recomendo. Ela está disponível na plataforma digital HBO GO. Mas aviso antecipadamente: tem imagens fortes e incomoda bastante aos de estômago mais fraco, como eu.

Publicado originalmente no Site RG

Marcos Tenório é Designer, Sócio da Kalulu Design&Comunicação, Mestrando em Design de Artefatos Digitais pela Universidade Federal de Pernambuco e professor de Materiais e Tendências em Design de Interiores na Uninassau.

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Velho é o seu pensamento

O mundo está se transformando de forma vertiginosa e a pirâmide etária vem se invertendo anualmente. Em 2019, pela primeira vez na história há mais idosos do que crianças até os 4 anos e isso está se acelerando. As projeções da ONU dizem que em 2055, haverá mais Idosos no mundo do que jovens e crianças até os 14 anos.

Isso é muito animador sob um aspecto: nossa qualidade de vida está aumentando cada vez mais e nós estamos ultrapassando cada vez mais as antigas barreiras de sobrevivência. A nossa saúde tem melhorado, estamos cada vez mais ativos e sabemos que passar dos 60 anos não significa que estamos chegando ao fim!

Mas também é preocupante sob outro aspecto: estamos prontos para isso? Os produtos são criados para serem bem utilizados por idosos? Nossa cultura aceita bem o envelhecimento?

Madonna. Captura do clipe Crave – Youtube

Entre várias pessoas, a cantora Madonna, dentre muitas bandeiras e polêmicas que vem levantando ao longo de 40 anos de carreira e história pública, a sessentona está lutando pelo direito de envelhecer sem se esconder, trabalhando, produzindo música (que por sinal tem estreia de novo álbum marcada para esta sexta, 14/06), mostrando o corpo em forma que sempre manteve, sem sofrer com o preconceito chamado de “Ageismo” que diz, entre tantas coisas, que a mulher deve sumir quando envelhece pois a sociedade não a aceita mais. Quem disse que não podemos ser interessantes quando envelhecemos? Velho é o seu preconceito!

Sex and the City 2 – IMDb

Desde a série até os filmes (que não considero uma boa forma de continuar uma série tão poderosa) Sex and the City já falava sobre isso, pela visão de Samantha, uma mulher empoderada e consciente de seu corpo e seus desejos mas que não aceitava o próprio envelhecimento. A vimos envelhecendo durante a série até ter problemas com a menopausa no segundo filme da franquia. A visão bem humorada dela torna, aparentemente leves, uma série de tabus que estão inseridos em nossa cultura.

Advanced Style.  IMDb

O blog Advanced Style de Ari Cohen mostra, com muita classe e sensualidade – porque não? -, o estilo e a beleza de idosos que usam a moda para comunicar que sim, estão vivos e não irão ser escanteados. Essas pessoas cheias de atitude também são retratadas no documentário de mesmo nome, esteve cartaz na Netflix aqui no Brasil. Além disso, ele lançou um livro best seller e a sequência do documentário Advanced Style: Older and Wiser.

No campo da tecnologia, ela pode ser grande aliada da qualidade de vida e está promovendo uma revolução saudável com o LifeHacking, que promove mudanças no estilo de vida com pequenas atitudes. Desde os aplicativos de monitoramento de atividades físicas como o Strava, Nike Running Club e Runtastic, que criaram uma nova forma de interação e competição saudável que incentiva cada vez mais as pessoas a participarem de atividades como corrida e ciclismo.

Acessórios como os smartwatches estão transformando o nosso dia a dia em um grande jogo que pontua de acordo com as nossas atividades e as empresas estão de olho nisso. A Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola e Asus têm seus gadgets de pulso cheios de funções que se integram aos seus celulares e mostram mais do que horas.

Apple Watch – Divulgação

Você já parou para contabilizar seus passos ao longo do seu dia?

Ou ficar de olho nos seus batimentos cardíacos apenas olhando para seu relógio?

Tudo isso existe hoje e pode auxiliar bastante na melhoria da qualidade de vida das pessoas de qualquer idade.

Esses relógios inteligentes fazem isso. Ainda criam um ranking que vai juntando pontos e mostrando quantos seus amigos também fizeram. Longe da paranóia fitness que alguns de nós temos (eu inclusive), essa competição saudável cria um incentivo para nos mexermos e sairmos do sedentarismo e da letargia que nossa vida conectada, paradoxalmente, nos inseriu.

Mas os mais simples aparelhos do nosso cotidiano estão preparados para o nosso envelhecimento? Os smartphones evoluíram a um ponto que nem precisamos mais tocar neles para realizar algumas operações, mas esqueceram de melhorar a sua usabilidade para uso dos idosos que, por mais que tenham uma vida saudável e ativa, enfrentam problemas como perda da capacidade cognitiva, da visão, da audição e da sensibilidade nas mãos.

Tudo isso pode parecer bobagem para quem consegue fazer tudo com facilidade, mas já imaginou se você não conseguisse usar seu smartphone agora para ler esse texto? Se, ao invés de clicar em curtir uma foto, você não percebesse que na verdade tava postando uma foto qualquer que você tirou acidentalmente? Isso acontece com eles diariamente e irá acontecer conosco no futuro.

Nós estamos envelhecendo e com essa mudança tão rápida na pirâmide etária, os idosos serão um dos públicos consumidores mais importantes do mundo, e parte importante da economia mundial. Já pensaram que, se os produtos não mudarem pra eles, as vendas podem cair e termos mais crises e problemas financeiros?

Os idosos de hoje não nasceram na era digital e o fato de não estar conectado o tempo inteiro não mexe muito com a rotina deles. Mas nós seremos idosos conectados, nós já nascemos conectados e dependemos cada vez mais dos nossos gadgets. Se eles não foram melhorados, nós enfrentaremos bastante dificuldade de usá-los.

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A saga da Inteligência Artificial nas telas

Por Marcos Tenório

A Inteligência Artificial [AI] é um tema recorrente em filmes e séries. Discutida desde a década de 1960 por Stanley Kubrick em 2001: uma odisseia no espaço, ultimamente houve uma retomada dessa temática que vem sendo debatida de diversas formas, positivas e negativas, nos produtos audiovisuais.

Já no ano de 2001, Stanley Kubrick trouxe ao mundo a fábula de um menino-robô que buscava ser amado. Projetado para substituir os filhos em uma sociedade pós-aquecimento global e com sérias restrições alimentares causadas pela mudança climática, a sociedade tem regras severas de controle de natalidade.

Inteligência Artificial (Dreamworks)

Nele, David é um robô criado em forma de testes e entregue a uma família que aguardava a cura para a doença de seu filho, conservado em criogenia. O filme Inteligência Artificial foi concluído por Steven Spielberg após a morte do Kubrick, e trata justamente da busca do herói pela aceitação dos humanos e pelo amor de sua “mãe”.

Em 2015, sob a direção de Alex Garland, Ex Machina traz a história de um programador selecionado em sua empresa para participar de testes de uma robô chamada Eve, e identificar se sua inteligência artificial é suficientemente evoluída.

Ex Machina (Universal Pictures)

Aplicando o teste de Turing, chamado de “Jogo da Imitação” (vale a pena ver o filme homônimo também, que conta a história da criação da informática pelo cientista Alan Turing). Nesse jogo, o cientista propõe que o computador consiga imitar a linguagem e o pensamento humano. E é justamente sobre isso que o filme trata: testada à exaustão, Eve conseguirá se comportar como uma humana?

Esse limite entre o que é máquina e o que é humano é colocado à prova exaustivamente em Westworld, série de ficção da HBO, com estreia da terceira temporada prevista para 2020. Baseada no filme de mesmo nome de 1973 escrito e dirigido por Michael Crichton, a série trata de um parque de diversões povoado por robôs onde os humanos participam da rotina criada pelo Robert Ford, interpretado sempre majestosamente por Anthony Hopkins.

As rotinas começam a mudar quando os robôs percebem que suas existências estão presas em um roteiro, e começam a questionar sua realidade e o seu papel no mundo.

Westworld (HBO)

É muito interessante acompanhar a evolução das grandes personagens Dolores Albernathy (Evan Rachel Wood) e da maravilhosa Maeve Millay (Thandie Newton), na busca de respostas para suas indagações, muitas vezes filosóficas.

Por outro lado o longa-metragem “Ela” [2013], de Spike Jonze, exibe um futuro aparentemente próximo, no qual uma inteligência artificial intangível chamada Samantha (com voz aconchegante de Scarlett Johansson), instalada em diversos devices de Theodore (interpretado muito bem por Joaquin Phoenix). A atuação de Scarlett Johansson neste filme deu a ela o prêmio de melhor atriz no Rome Film Festival, gerando debate sobre a premiação ser concedida a uma atriz que teve “apenas” a sua voz em cena.

Ela (Sony)

No filme, Theodore – que claramente tem problemas em se relacionar com pessoas reais – se apaixona por Samantha e desenvolve uma relação íntima e delicada com a voz tão presente em seu dia a dia. Mais uma vez trazendo o teste de Turing para a discussão, nessa história o computador tem grande sucesso e se comporta perfeitamente como humano, mesmo existindo num plano subjetivo.

Dá até pra traçar paralelos como nossa vida, regrada por redes sociais e intermediadas por interfaces computadorizadas. Mas tudo isso não é ficção somente: hoje interagimos diariamente com inteligências artificiais bem estabelecidas.

Mark Zuckerberg apresenta novos investimentos em Inteligência Artificial do Facebook na F8

Investimentos pesados em AI do Facebook já fazem parte do nosso dia a dia. O Google também tem algoritmos muito bem evoluídos. Em ambos, nós conseguimos identificar rostos de pessoas que nem são nossas amigas nas redes, o próprio sistema reconhece os traços e sugere a marcação na rede ou no Google Fotos.

Os sistemas operacionais também estão aprendendo como acontece o nosso uso: o machine learning permite que os teclados aprendam as palavras que nós usamos, independentemente de elas serem publicadas em algum dicionário, assim, os neologismos agora podem ser reconhecidos e com a digitação facilitada.

Wall-e (Disney – Pixar)

Não sei se chegaremos à realidade exposta por Wall-e: em que a Terra padece e a humanidade foge daqui, na qual viraremos pessoas presas em uma rotina sedentária fora do planeta, servidos por robôs que fazem todas as atividades que poderíamos fazer. Mas estamos vendo, a cada dia, a chegada de novidades com a inteligência artificial inserindo-se em tudo que faz parte do nosso cotidiano.

As dores e delícias dessa imersão ainda não são muito claras, mas as facilidades trazidas por elas têm sido bem recebidas. Resta a nós refletir sobre o nosso futuro e as possibilidades trazidas pelos avanços da tecnologia, na maioria das vezes com bastante benefícios. A discussão vale a pena, mas não se preocupem em questionar a natureza da sua humanidade, como é feita diversas vezes nos filmes e série que falei, essa realidade ainda está um pouco distante.

Publicado Originalmente na Coluna RG Tecnologia e Design do Site RG

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Dos desenhos para nossas vidas

Em 1962, estreava uma série de desenhos animados na TV americana que se tornou conhecida em todo o mundo, os Jetsons. Eles eram uma família nada tradicional norte americana liderada por George e Jane, influenciada pela corrida espacial, que vivia em uma cidade do futuro longínquo de 2062 onde tudo era automatizado e os robôs eram bastante comuns, como Rose, a adorável empregada deles. Eles faziam um contraponto aos saudosos Flintstones como a família do futuro e, ao invés de utilizar tração animal ou os pés para mover seus veículos, eles flutuam em suas cidades que parecem de outro planeta.

Já imaginou acordar e pedir o resumo de notícias nacionais e internacionais? Ou, antes de dormir, pedir que a sua assistente leia algumas páginas do seu livro de cabeceira no Kindle? Ou programar a sua casa para acender todas as lâmpadas às 18 horas?

Isso já é possível e fora da ficção, estamos cada vez mais próximos dessa realidade, com a chegada dos objetos inteligentes às nossas casas, nós podemos controlar tudo a partir de comandos nos nossos smartphones ou por meio de voz. Há algum tempo isso era difícil de ser encontrado no Brasil, mas cada vez mais marcas estão começando a aportar por aqui para trazer suas novidades.

Philips Hue – Divulgação

A Philips foi uma das primeiras que trouxe a linha Hue: lâmpadas inteligentes interligadas através de um hub que possibilitam o controle por meio de app ou de assistentes virtuais. É possível, por exemplo, controlar a intensidade da luz, a temperatura (cor) das luzes, programar o funcionamento delas, além de programar os ambientes de acordo com os momentos.

Do outro lado do mundo, a Xiaomi é uma empresa chinesa famosa por desenvolver produtos de todos os tipos e de boa qualidade, a ponto de ser considerada a quarta maior fabricante de celulares do mundo. Desde sandálias e escovas de dente até aspirador robô e patinetes, esse ecossistema imenso de produtos está chegando ao Brasil, oficialmente, neste mês de junho e promete trazer centenas de gadgets inteligentes, além dos famosos smartphones da empresa, que conquistaram os geeks e profissionais de informática.

Xiaomi Yeehlight – Divulgação

Os destaques estão para a lâmpadas inteligentes Yeehlight, o sistema de automação residencial Mi Smart Sensor Set e o robô aspirador Mi Robot Vacuum. Isso sem falar da febre do momento: os patinetes Mi Electric Scooter e as já famosas por aqui Mi Band, as pulseiras inteligentes da marca. Isso será possível a partir da parceria com a DL Electronics aqui no Brasil, para importação e comercialização de vários desses equipamentos. A comercialização será feita a partir da loja autorizada no Shopping Ibirapuera e também pelo site mi.com.

Tudo isso é bem interessante e promete ganhar ainda mais espaço nas nossas casas com a chegada das caixinhas de som com inteligência artificial Google Home e Amazon Echo que estarão desembarcando no Brasil em breve. Mesmo assim, o Google Assistente já é o primeiro lugar do mundo em uso por conta dos smartphones da empresa, que transformam qualquer celular em um controle de equipamentos da internet das coisas, utilizando o app Google Home ou chamando pela assistente no Ok Google.

Google Home – Divulgação

O Google não se pronunciou oficialmente sobre a chegada ao Brasil, mas a gigante da tecnologia já liberou o reconhecimento do português brasileiro nos celulares e  nas suas caixinhas compradas lá fora, além de a JBL oficialmente comercializar suas caixinhas Link 10 no Brasil, com a Assistente do Google embarcada.

JBL Link 10 – Divulgação

A Amazon iniciou os testes com brasileiros para aprimorar o reconhecimento da língua portuguesa pela sua assistente, a Alexa. É um bom sinal de que estão chegando opções da tecnologia por aqui e com suporte nativo ao nosso idioma. A empresa de Jeff Bezos é a líder na comercialização desse tipo de gadgets mas ainda não tinha chegado ao Brasil e isso está bem perto de acontecer. Segundo a empresa, é provável o lançamento no segundo semestre deste ano. Além disso, ela oferece a Alexa em seus dispositivos Fire TV e licencia para instalação em aparelhos de outras marcas.

A Apple não oferece suporte no Brasil para a sua Apple HomePod, que só pode ser importada, oferece as mesmas funcionalidades das concorrentes, e ainda faz parte do ecossistema Apple. Atualmente ela oferece a Siri nos smartphones da empresa e no sistema da Apple TV.

Esses sistemas de inteligência artificial também podem ser abarcados para outros dispositivos. Já foram anunciados televisores da LG que recentemente anunciou a chegada da assistente virtual Alexa em suas novas TVs para controle por voz. É uma tendência de mercado que está cada vez mais presente e a aceitação tem sido bastante satisfatória.

Rose – Hanna & Barbera – Todos os direitos reservados

Ainda não temos uma versão atualizada da Rose, a robô da família Jetson, mas não duvido muito que isso acontecerá muito em breve. Enquanto ela não chega, algumas das atividades de casa já podem ser compartilhadas por esses dispositivos inteligentes. O desenho animado durou pouco tempo, mas os dispositivos e o sistema de inteligência artificial está só começando a se popularizar e promete ter vida bem longa.

Publicado Originalmente na Coluna RG Tecnologia e Design do Site RG

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Piranhas: A jóia do Velho Chico no sertão alagoano

Texto publicado originalmente em: https://www.igorzahir.com/um-achado-no-sertao-alagoano/

Piranhas é uma cidadezinha do sertão alagoano fundada em 1887 com pouco mais de 25 mil habitantes, historicamente famosa por ter sido o lugar onde as cabeças de Lampião, Maria Bonita e de seu bando ficaram expostas na escadaria da prefeitura em 1938. Além disso, contam os historiadores, que Dom Pedro II visitou a localidade em 1859 em seu passeio pelo Rio São Francisco e a apelidou de Lapinha do sertão.

A cidade é cheia de histórias e todas elas estão bem impressas em seu conjunto arquitetônico tombado pelo IPHAN, o que garantiu a preservação do seu charme até os dias atuais. Composta por duas parte distintas: Centro Histórico e Nova Piranhas, é guardada por dois mirantes: o secular, com um obelisco que serve de caixa do tempo criada em 1900 e outro com a igrejinha do Senhor do Bomfim, com outra caixa do tempo, criada em 2000 com o mesmo intuito de deixar uma mensagem para o futuro. Ambos os montes são acessíveis por escadas, o primeiro é uma bela e sofrida subida com 365 degraus irregulares e a segunda mais leve (280 degraus) mas irregular do mesmo jeito. Lá de cima um visual de tirar o fôlego do bairro São Francisco, da margem Sergipana do rio, da Cidade encravada no vale e de um por do sol de tirar o fôlego.

Vista Do Mirante

Falando em sol, acho que não precisa dizer que o calor da região é sufocante, dias que chegam facilmente a 40 graus, sem nenhum vento para aliviar e, quando ele aparece, você prefere a ausência. O vento é quente! À Noite a temperatura cai para 22 graus e o vento gostoso vindo do Velho Chico alivia bastante e faz perceber o movimento dos moradores: eles só saem de casa à noite!

Velho Chico em Piranhas
Praça principal de Piranhas

Piranhas Velha oferece alguns atrativos, bem poucos mas muito interessantes. A estação de trem foi transformada em Museu do Cangaço, Museu do Patrimônio e ainda possui uma torre no meio da praça que abriga um café que só abre a partir das 16 horas (que a recepcionista do museu avisou que abre mesmo, depois de 16:30). O Café é lindo e ponto, dá uma bela vista para os mirantes e é bem agradável quando com as janelas abertas. Mas o liquido café de la não foi uma boa pedida, apenas tinham uma garrafa de café coado trazido pela atendente. Não há expressos ou outros cafés especiais, vá apenas pela experiência de entrar na torre. A praça principal, que já figurou cenas de Bye Bye Brasil, de caca Diegues é uma atração à parte. Você se sente transportado para outro século, com as casinhas de época, coloridas e bem conservadas que abrigam restaurantes, bares, a famosa cachaçaria Altemar Dutra e até um sushi bar (uia que fino!). Da quinta em diante, a pracinha é tomada por mesas e cadeiras organizadas pelas empresas e é montado um palco nas quintas e sábados para apresentações de xaxado, forró pé de serra e outros estilos que prefiro não comentar! Em um a tarde você conhece a cidade inteira e à noite você curte a noite sertaneja (no bom sentido da palavra, por favor).

Os principais atrativos de Piranhas não estão na cidade e sim no seu protagonista: O Rio São Francisco. O Belo Rio que banha mais de 500 cidades e percorre mais de 3000 KM até desaguar no mar entre Sergipe e Alagoas, passa pela cidade e seu caminho oferece as principais delícias piranhenses.

Vista do Catamarã na frente do Restaurante Rota do Cangaço

O primeiro passeio que fizemos foi para a Rota do Cangaço (oferecido pela MFTUR) O Catamarã parte da orla de Piranhas e segue, rio abaixo, em direção a Canindé de São Francisco (sua vizinha sergipana na outra margem do rio), próximo à grota de Angicos, local onde o bando de Lampião foi emboscado e assassinado. Existem dois Restaurantes de grande porte nessa região, o Angincos e o Rota do Cangaço, ambos oferecem desde a viagem de catamarã até a visita à grota e alguns atrativos locais como mini parque, toboágua, esquibunda (odeio esse nome), comidinhas e bebidinhas. Os preços não são tão convidativos, mas seguem padrão de lugares turísticos, o catamarã é em torno de 60 reais, mas tem guia a bordo e a viagem é muito gostosa. Existe a possibilidade de viajar de lancha, mas o preço é mais alto e nem sempre há disponibilidade. O Catamarã Rota do Cangaço tem duas saídas: 8:45 e 10:45 e dois retornos: 14h e 16h. O Restaurante possui duas prainhas com proteção para banhistas não se arriscarem nas correntezas do rio.

O segundo e principal passeio da região é a visita aos Cânions do Xingó. Sinceramente não entendo ainda como não é uma das maravilhas construídas pelo homem ainda (sim, é algo que interferimos, não existiam até meados de 1990). O Passeio parte da cidade de Olho água do casado ou de Canindé de são Francisco (logo aptos a barragem do xingó, piranhas fica abaixo dela) pode ser feito por catamarã ou lancha, e sai do Restaurante Karrankas ou do Restaurante Castanho. Ambos possuem estrutura de lazer e oferecem Buffet para quem quiser. Os passeios partem cedo, no Karrankas às 9h subindo o Rio em direção a Paulo Afonso. Durante o trajeto é possível observar a mudança da geografia do local e o quanto os paredões vão subindo. Não consigo imaginar aquele lugar sem água, mas a profundidade média é de 160 metros, quanto mais subimos mais a paisagem muda para paredões de arenito e a vegetação vai ficando mais escassa. Ao chegar na curva do rio, local da antiga Fazenda São José, o catamarã sai do curso do Rio São Francisco e segue para o alagado onde fica a atração principal: O paraíso do Talhado. São paredões imensos de arenito talhado (cortado) submersos nos mais de 160 metros de água verdinha e doce do Velho chico que são de tirar o fôlego, é impossível ficar apático a isso e mais uma vez me pergunto: como raios era esse lugar antes da inundação? Deveria ser inóspito!

Ao chegar no paraíso (literalmente), as empresas de turismos construíram plataformas de atracarem, a que ficamos é o porto de Brogodó, que possui plataforma e duas piscinas dentro do rio, protegidas por redes bem resistentes. Uma com 1,20m de profundidade e a outra não tenho ideia pois estava em pânico e com colete salva-vidas. Além disso, existe uma gruta mais para dentro do cânion que o catamarã não acessa, mas que pode ser vista de barco a remo (pago à parte, mas são os melhores 10 reais da sua vida!!!!). Ao entrar nessa gruta você é transportado para outro planeta, tudo é alaranjado, e quando a luz do sol entra pelas frestas da pedra, batem na água e refletem nas paredes desenhos hipnotizantes. Não é possível descer nessa área, contemple, babe, grave, fotografe, pague de novo, vá de novo!!!! Esse passeio é curto, menos de 10 minutos, mas é muito válido! Após o passeio, o barco volta para a plataforma e você terá 50 minutos nas piscinas da plataforma. A viagem de ida dura 1 hora e a de retorno idem, no total você passará 3 horas subindo e descendo o rio. Vale muito a pena, o preço da viagem é muito válido e a experiência de estar no local é incrivelmente inesquecível!

Entrada no Paraíso do Talhado

Ao voltar para o restaurante, oferecem serviço de Buffet à vontade, com o pagamento de 39,90. A comida não é lá essas coisas, preferimos almoçar em Piranhas nova, que está se modernizando e oferecendo algumas opções interessantes de lazer e hospedagem. Falando em hospedagem, me hospedei na redundante Hospedaria Pousada Casa, que fica logo na entrada da cidade velha e próxima a tudo. Valeu muito a pena, o preço é convidativo, o café da manhã delicioso e os proprietários são muito atenciosos, eles lhe recebem na casa deles e lhe abraçam como se fosse da família. Existem outros hotéis mais padronizados como o Pedra do Sino, o Xingo Resort em Canindé e o novo Dunen, na cidade nova mas, se gostar de viver a experiência da cidade, conheça as pousadas e hostes que existem em todas as quadras.
Para quem sai do Recife ou Caruaru, segue pela BR 232, entra na BR 423 em São Caitano e siga até Delmiro Gouveia por essa mesma BR (cuidado com o GPS, ele indica uma pista de barro antes de Delmiro Gouveia, não entre nela, são 26 km de estradas ruins! É cilada Bino!) ao entrar em Delmiro Gouveia, siga pela estrada duplicada até a saída da cidade e você terá acesso à estrada AL 145 e seguira para a AL 220, de Piranhas.

Se você se interessar em esticar o passeio, em Petrolândia, no Lago de Itaparica, atualmente é possível visitar a Igreja do Sagrado coração, alagada pelas obras da hidrelétrica de Paulo Afonso em 1988 ou também a própria Paulo Afonso com suas cachoeiras e ale próximo, em Delmiro Gouveia, o Sítio histórico e Arqueológico e a usina de Angiquinhos, que foi a primeira usina hidrelétrica do local.

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