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Novos iPads: a produtividade é a palavra da vez

Os tablets não são novidade no mercado de dispositivos eletrônicos, mas eles sempre transitavam pelo limbo entre dispositivos para jogos e entretenimento ou tentativas de tornarem-se produtivos e entrarem no mercado de criação e nas rotinas dos escritórios.

Antes eles se posicionavam como um telefone grande e sem muita utilidade prática além de ver vídeos e jogar em telas maiores, mas essa realidade vem mudando bastante com os novos lançamentos do mercado.

Novos modelos de iPad lançados. Crédito: Apple Newsroom

Com lançamento de novidades no último dia 15 de setembro, além da linha chamada de iPad Pro, que traz maior poder de processamento tamanhos de tela maiores e possibilidades mais avançadas de criação. No evento, o iPad básico e o Air, foram repensados com foco na produtividade do irmão maior.

O Apple Pencil, caneta que possibilita desenhar e escrever na tela dos dispositivos ganha cada vez mais destaques nesses lançamentos e ainda novas funções como reconhecimento de textos utilizando inteligência artificial ainda mais avançada do que já conhecemos.

Fitness+ Crédito: Apple Newsroom

Além dos tablets, a maçã atualizou seu Apple Watch para adicionar a função de oxímetro novas funções de acompanhamento de atividades físicas com o novo serviço Fitness+ que oferece aulas e acompanhamento tanto nos relógios quanto em aparelhos como Apple TV, iPads e iPhones.

Falando em iPhones, eles não foram atualizados neste evento, apenas o seu sistema operacional que recebeu atualizações e começa a ser distribuído para os aparelhos logo em seguida. Há rumores de que a Apple teve problemas com fornecedores por conta da pandemia e isso atrasou o calendário de produção do novo smartphone.

Uma novidade interessante foi o lançamento do Apple Watch SE, o novo smartwatch da empresa com a proposta de ser mais “barato”. Mas isso não significa perda de qualidade, ele teria praticamente a mesma qualidade da versão 5 do relógio, ficando um pouco atrás do novo modelo 6, lançado no mesmo dia.

Apple Watch SE Crédito: Apple Newsroom

Em um evento morno, porém bem feito, a Apple também anunciou o novo serviço tudo-em-um da empresa, o Apple One, que inclui no pacote completo Assinatura do Music, do TV+, do Arcade e do novo Fitness+ com o pagamento de um valor, nos moldes do Amazon Prime.

A Samsung também está atenta às necessidades do mercado e, em agosto havia anunciado o lançamento do seu Galaxy Tab S7, o poderoso que já é conhecido do público, além de atualizar seus dispositivos vestíveis Buds Live e Watch.

Samsung Tab S7. Crédito: Samsung

A grande diferença entre os tablets concorrentes nem é devida a hardware em si mas às possibilidades que a Apple lança em parceria com empresas de software. Se o iPad possui um bom Photoshop e um Pixelmator avançado, além do anúncio do Illustrator para Outubro, a empresa coreana tem dificuldade em disponibilizar aplicativos de boa qualidade para seus tablets, o que pode causar resistência em pagar os altos preços dos dispositivos novos.

A Apple sempre teve um histórico de fechar grandes parcerias para garantir o interesse em seus dispositivos, a empresa assumiu o protagonismo criando ferramentas e tecnologias que apoiaram os profissionais da área desde a década de 1990. A Samsung ainda engatinha nessa estratégia mesmo com o lançamento do Premiere Rush em seus dispositivos anteriormente.

Com os lançamentos recentes, os sinais de um novo fôlego no mercado de tablets ficam mais claros e as funcionalidades deles estão sendo cada vez mais aprimoradas. Há tablets mais avançados como o Surface da Microsoft mas, como a empresa do Windows não lança seus produtos aqui no Brasil, fica complicado falar mais sobre eles.

Marcos Tenório é Designer, Sócio da Kalulu Design&Comunicação, doutorando em Design de Artefatos Digitais pela Universidade Federal de Pernambuco e Professor na UNIFG. 

Publicado originalmente no SiteRG

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Games: a brincadeira virou coisa séria

O mercado de games mudou bastante desde o surgimento, na década de 1980, deixando o posto de diversão para crianças para tornar-se um mercado multimilionário que chama a atenção de grandes empresas e estúdios de hollywood.

Aquela tecnologia voltada para diversão rápida e sem compromisso do início da década de 1980 mudou completamente e tornou-se um mercado bastante interessante para empresas de tecnologia e entretenimento.

A brincadeira começou, na verdade bem antes, pesquisadores de várias universidades, incluindo o MIT (Massachusetts Institute of Technology) buscavam criar possibilidades para a máquina recém criada e ainda nada popular: o computador. Assim, programaram jogos simples como o jogo da velha ou jogos matemáticos para conhecer as possibilidades da máquina que vinha sendo desenvolvida.

O primeiro console de videogame da história foi o Odyssey, da magnavox, que poderia ser conectado à TV para ser jogado com o joystick conectado à máquina principal. Em seguida começam a surgir novas empresas como a Namco e o Atari, bastante conhecido por nós aqui no Brasil, que traziam jogos rápidos, para distração e sem um enredo envolvente.

Nintendo Entertainment System.  Crédito: Pexels

Só depois a Nintendo pensou diferente e os jogos começaram a se apresentar com narrativas mais sofisticadas e contar histórias mais envolventes. Em Donkey Kong, o personagem Mário surgiu com a meta de salvar a sua namorada do gorila gigante e, por mais simples que pareça, isso foi uma grande evolução, que mudou a história dessa indústria.

A Nintendo reinou por um bom tempo no mundo todo e, com o crescimento dela, surgiu também a SEGA, ambas japonesas, que dominaram o setor durante praticamente toda a década. A SEGA teve sucesso comercial enorme no Brasil com o Master System e depois com o Mega Drive e claro, com seu porco-espinho Sonic, que ainda tem títulos atuais em lançamento.

Em uma tentativa de parceria com a Sony, a Nintendo chegou a projetar um novo videogame, mas por questões contratuais, decidiu seguir sem a parceria no mercado. Surge assim o projeto do Playstation, que colocou a Sony como player desse mercado lucrativo. Pela primeira vez, ao invés de cartuchos, os jogos eram carregados em cds.

Controle do Playstation 4. Crédito: Pexels

O Playstation, até hoje é um sucesso absoluto e recentemente anunciou a versão 5 do console que conquistou o mundo inteiro. Mas o segredo vem, além da boa tecnologia, dos jogos exclusivos lançados para a plataforma. Histórias épicas como God of war têm histórias dignas de cinema comandadas pelo jogador, em sua casa. 

Esse sucesso de grandes jogos e histórias virou o grande diferencial dos consoles atuais. Hoje a Sony carrega os títulos de God Of War, Shadow of Colossus, Uncharted e The Last of Us – que acaba de ser anunciado como série na HBO. Esses títulos possuem uma legião de fãs pelo mundo e carregam histórias bem construídas, que não devem nada a filme nenhum.

The Last of Us – Part II. Crédito: Divulgação

O seu maior concorrente, o XBOX é o mais novo dos consoles, surgido em 2001, foi criação da Microsoft para aproveitar a tecnologia do DirectX para jogos, já oferecida no windows e bastante aceita pelo mercado há anos. Mas ainda assim o console americano só veio ganhar alguma relevância na segunda edição, chamada de 360 por inserir um dispositivo detector de movimentos: o Kinect.

A Microsoft também anunciou a nova edição do console, chamada de Xbox Series X que, tecnologicamente é similar ao PS5 mas traz outros exclusivos no seu catálogo como Forza Horizon, Minecraft, Sea of Thieves, Gears e Halo – que também já virou série há alguns anos. Recentemente a empresa ainda anunciou um serviço de streaming de Jogos, chamado de Game Pass, no qual o assinante tem acesso a cerca de 100 jogos da plataforma sem pagar nada além da assinatura.

Controle Xbox One. Crédito: Pexels

A Nintendo continua em atividade e lançando dispositivos e os nostálgicos jogos do Super Mario, exclusivos da plataforma. Seu diferencial é a mobilidade, o console mais novo da empresa é o Nintendo Switch que possui tela e controles em um pequeno dispositivo e pode ser levado para qualquer lugar.

Títulos multiplataforma como Assassin’s Creed, Tomb Raider, Resident Evil e Diablo, carregam cifras astronômicas para suas produtoras. A Newzoo estima que o setor de games em geral (que inclui os games em dispositivos móveis) crescerá 9,3%, atingindo US$ 159,3 bilhões (os games para dispositivos móveis ficam com quase metade da fatia: US$ 77,2 bilhões e o seu crescimento é estimado em 13,3%).

Assassin’s Creed Valhalla. Crédito: Divulgação

Essas projeções já incluem a crise gerada pela pandemia do coronavírus, que não atingiu o mercado gamer, afinal os jogadores estavam em casa, com mais tempo para jogar e mais jogos para comprar. 

Correndo paralelamente à concorrência dos consoles estão franquias como League of Legends, da Tencent que vêm despertando interesse até do mundo dos esportes por conta de suas competições sempre lotadas e lucrativas. O lucro apenas dessa empresa, considerada a terceira do mundo é em torno de 4 bilhões durante o período da quarentena.

O Brasil ainda engatinha nesse mercado somos o 13° produtor mundial de games, o censo da indústria brasileira de jogos digitais fez um levantamento e chegou à conclusão que foram produzidos 1718 jogos, divididos entre plataformas móveis (43%),  computadores (24%), plataformas de realidade virtual ou aumentada (10%) e consoles (5%).

O antigo Ministério da Cultura buscava incentivar o desenvolvimento de games com editais de apoio mas o último edital foi publicado em 2018 e, desde que perdeu o status de ministério, não houve nenhum movimento mais robusto de incentivo a essa indústria.

Porto Digital – Crédito: Divulgação

Os profissionais autônomos ou empresas pequenas que participam de incubadoras como o Porto Digital, são os principais desenvolvedores de jogos digitais, mas dependem muitas vezes de apoio estrangeiro. Ainda assim algumas empresas persistem no mercado nacional. 

A Daisu Games é uma dessas que desenvolve games de tabuleiro para PCs, dispositivos móveis e consoles. Há 5 anos no mercado, possui jogos distribuídos pelo mundo e o seu principal mercado é a China. Entre os seus títulos, estão disponíveis Akhbeth, Unearth, Infamy e Between Two castles que teve 300 mil donwloads somente na no país asiático. 

Segundo Harry Florêncio, CEO da Daisu “desenvolver jogos no mundo já é um desafio bastante grande” para ele “jogos são uma das atividades mais complexas no meio de entretenimento, porque precisa integrar toda a parte artística e a tecnologia para funcionarem em conjunto e no fim gerar uma experiência harmoniosa. No Brasil, o desafio é ainda maior por falta de acesso a investimentos e mão de obra especializada”.

Between Two Castles. Crédito: Divulgação

Sobre o sucesso inesperado fora do país, ele diz que “o principal público continua sendo o mercado externo, dos Estados Unidos à China. Não é tão comum focar as produções no Brasil, pois quando divulgamos os jogos em inglês, eles conseguem um alcance muito maior. Ainda assim, os nossos jogos são sempre traduzidos para português.”

Alguns profissionais percebem a dificuldade em desenvolver no Brasil e migram para países como o Canadá, que tem umas das grandes produtoras de games do planeta, como a UBISOFT, detentora da marca Assassin’s Creed, que já lançou 7 versões do game, além de livros e um filme. 

Em amplo crescimento e com grandes oportunidades, os games estão se tornando cada vez mais complexos e densos. As narrativas antes infantis e simples ganharam enredos que nem sempre o cinema é capaz de acompanhar, graças à sua quantidade de camadas e possibilidade de caminhos múltiplos a serem percorridos.

Apple Arcade. Crédito: Apple

O mercado mobile anda bastante interessado nesse filão. A Apple anunciou seu serviço de assinatura de jogos, chamado de Apple Arcade, assim como no Xbox Game Pass, o assinante tem acesso a cerca de 100 jogos nos dispositivos da maçã. Não é a primeira vez que a empresa se aventura pelos jogos, inclusive já tentou lançar um console próprio que teve vendas muito baixas e uma vida muito curta.

O google também lançou o seu serviço de jogos, mas diferente das duas empresas, não cobra assinatura mensal, apenas cobra por título jogado com direito a assinatura premium que oferece uma banda de streaming maior. Apple e Microsoft já disponibilizam seu serviço no Brasil, Google ainda não tem previsão.

A Samsung se uniu à Microsoft em seu evento de lançamento Unpacked 2020 e, além de lançar seus novos smartphones Note 20 e Note 20+, além de tablets e acessórios, lançou o serviço de streaming de jogos com integração ao Xbox Game Pass que permite jogar os 100 títulos do serviço nos dispositivos da coreana. 

Unpacked Samsung. Crédito: Divulgação

Ao contrário dos problemas enfrentados pelo cinema e outros serviços durante a pandemia do coronavírus, o mercado de games segue em ascensão e ainda deve apresentar novidades de players como a Nintendo. 

Seja pelo smartphone, pelo PC ou pelo console, o game faz parte da cultura do século XXI e isso tende a crescer, principalmente entre os mais jovens. Os novos consoles da Microsoft e da Sony devem chegar até o fim do ano para aquecer as vendas de Natal e figurar nas listas de desejo de muita gente pelo mundo. Preparemos os cofrinhos (os preços não devem ser nada baixos) e que comecem os jogos, literalmente.

Publicado no Site RG

Marcos Tenório é Designer, Sócio da Kalulu Design&Comunicação, mestre em Design de Artefatos Digitais pela Universidade Federal de Pernambuco e Professor na UNIFG. 

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Os desafios da educação na quarentena

Por Marcos Tenório

Que nós estamos na era da informação imagino que todos perceberam, mas nós nunca imaginamos que um dia dependeríamos apenas da internet para tudo. É isso que tem acontecido durante esses tempos de pandemia, atividades como a velha ‘sair para jantar’, os ‘encontros entre amigos e familiares’ e até os ‘estudos’ tiveram que se readaptar à realidade.

A educação a distância não é novidade no mundo mas, cabe aqui diferenciá-la do ensino remoto. Enquanto a primeira tem metodologia própria, pensada na realização de atividades e de construção do conhecimento, a segunda é uma adaptação da sala de aula, que mudou de um lugar concreto para o virtual, sem uma metodologia diferente.

As escolas e universidades não imaginavam que passaríamos por um período de confinamento tão grande e tiveram que se adaptar com as possibilidades que tinham em mãos. Algumas, que já ofertam educação a distância conseguiram ferramentas mais apropriadas, mas outras delas usaram até lives no Instagram e no Youtube para isso.

Foto: Pixabay

O ensino remoto simplesmente aconteceu, ninguém estava preparado, nem os professores, que precisaram se adaptar às formas diferentes de ensinar e criar novas atividades e viram suas casas serem invadidas com uma nova rotina de horários e de cuidados com espaços.

A carga de trabalho em home office para professores e coordenadores também foi uma reclamação constante. A falta de um simbólico fim de expediente, por vezes deixava os professores sobrecarregados de demandas e reuniões, além das aulas que já eram bem desgastantes.

Há vários casos de professores que foram atrapalhados por filhos e animais domésticos durante as aulas, afinal a rotina do trabalho invadiu as casas e não o contrário e as crianças não entendem bem como funciona isso, muito menos os pets.

Os estudantes também tiveram suas vidas completamente mudadas com essa nova dinâmica. Ao invés de irem às escolas e faculdades, tiveram suas casas invadidas por aulas que tentavam suprir uma necessidade emergencial, além da falta da convivência em grupo e com os amigos.

Foto: Pixabay

Em uma geração que nasceu conectada, imaginamos que não haveria dificuldade em adaptação da nova realidade virtual. Estávamos enganados! Os estudantes, antes conectados o tempo inteiro, agora têm dificuldade em concentrar-se e em motivar-se para assistir às aulas e desenvolver os trabalhos solicitados.

Pais também tiveram dificuldades e se sentiram sobrecarregados com a quantidade de atividades que teriam que orientar em casa e, muitas vezes, os filhos mais jovens sequer prestavam atenção às aulas com tantos estímulos externos.

Mas porque isso aconteceu? Alguns especialistas dizem que os estudantes sentem falta das relações construídas nas escolas e universidades e que isso era o motor motivacional deles. Além disso, durante a aula, eles estavam imersos em um ambiente controlado e focado. O contrário de suas próprias casas, repletas de interrupções.

Em alguns casos, o artefato utilizado para assistir às aulas era o único disponível na casa e, quando havia mais de um estudante ou essa ferramenta era utilizada por outra pessoa da residência para trabalho, as coisas ficavam ainda mais complicadas.

Foto: Pixabay

Além disso, a educação remota exige maturidade e foco, além de automotivação. Isso é bem raro em crianças e adolescentes, principalmente em um processo que não houve adaptação. O artefato que simbolizava a diversão, tornou-se ferramenta de estudo e essa ressignificação não é tão simples de acontecer.

Não bastasse isso, a internet começou a passar por problemas de estabilidade constantes, mundialmente, ao ponto que provedores de streaming, como a Netflix, decidiram diminuir a qualidade dos vídeos para não piorar a situação. Com mais gente conectada em casa, mais internet era usada e isso virou um gargalo na nossa, já lenta, internet.

Segundo a Anatel, o consumo de dados aumentou em cerca de 50% durante esse período, é como se tivéssemos uma estrada simples de asfalto e o tráfego crescesse 50% de uma hora pra outra. Ou seja: tudo engarrafado. Com isso, o número de reclamações em serviços de proteção ao consumidor dispararam e o número de pessoas que trocaram de provedor aumentou bastante também.

Ainda não enxergamos uma luz nesse túnel, pois, mesmo com medidas de reabertura, as aulas presenciais ainda não são pensadas como possíveis de liberação, em salas que muitas vezes comportam mais de 100 alunos. Isso seria um enorme vetor de contaminação, que faria explodir ainda mais o número de infectados no país.

Não sei se ainda teremos um semestre completo sem aulas presenciais, mas pelo menos até setembro, poucas instituições irão se arriscar a mudar a atual situação, para não serem responsabilizadas. Sem falar que, com o retorno, sem uma vacina ou remédio realmente eficaz, vai ser necessário pensar uma nova distribuição de salas de aula e a criação de uma rotina de um novo normal, que passa longe da normalidade.


Foto: Pixabay

Por outro lado, esse período remoto serviu de experiência para descobrir novas possibilidades para as escolas e universidades no país, que sempre foram resistentes à digitalização. Em um período onde quem não se conectou, sumiu, muito aprendizado aconteceu de todos os lados e muita atualização profissional também.

Publicado no Site RG

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Conectividade, Orgulho e Representatividade

Foto: Desconhecido

Em Nova Iorque, em um bar chamado Stonewall Inn, um grupo de Gays e Lésbicas estavam reunidos para celebrar a vida quando um grupo de policiais  invadiu o local e, de forma agressiva, reprimiu o grupo com o argumento de “Conduta Imoral”. Isso aconteceu em 28 de junho de 1969, mas não difere muito da realidade atual de alguns lugares no Brasil e no mundo.

A partir desse episódio, o grupo que foi atacado e alguns simpatizantes uniram-se para protestar contra a agressividade da polícia e pedir por RESPEITO. Iniciou-se, assim, a tradição de celebrar o mês do orgulho no mundo inteiro em Junho com manifestações e paradas LGBTQIA+. 

Essa sigla que agrega Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e mais, não tem limites e pode crescer sempre, tem a função de buscar agregar mais pessoas, mostrar mais diversidade, o quanto somos únicos e, ao mesmo tempo, diversos como as cores do arco-íris usado na bandeira já tão conhecida por todos.

Foto: Pixabay

Em uma cultura tão paternalista quanto a brasileira, a luta por direitos ganha uma força maior. O país que mais mata homossexuais no mundo tem um histórico triste e opressor que persiste por conta dos grupos conservadores que se julgam no direito de interferir na afetividade e na sexualidade das pessoas.

A internet, desde a década de 2000 começou a ganhar as residências das pessoas e os grupos começaram a se sentir aceitos, deixaram de se esconder em guetos e ganharam as redes sociais, por mais que sejam atacados gratuitamente por pessoas que não as aceitam.

Quando a internet surgiu, pessoas que estavam em locais distantes e isolados conseguiam ver que sim, havia um mundo a ser explorado e que elas não estavam sozinhas, que há no mundo outras pessoas com sentimentos, gostos e comportamentos parecidos com os delas e isso começou a fazer a dor e o isolamento delas ser um pouco menor.

Foto: Pixabay

A rede mundial tem feito um papel muito importante para a comunidade LGBTQIA+, possibilitando espaço de fala para grupos considerados minorias (nunca concordei com essa palavra, afinal agrupar Pobres, Homossexuais, Negros e Mulheres já caracteriza a maioria da população), além de possibilitar um conhecimento mais amplo das possibilidades, dos direitos e saber de outras pessoas que passam pelos mesmos desafios.

Grupos de representatividade começaram a ganhar o mundo e serem conhecidos por pessoas que não se sentiam parte de um todo, o Grupo Gay da Bahia, existente desde 1980, na capital baiana começou a ganhar protagonismo no Brasil com a criação do seu site e a atuação constante nas redes sociais em busca de reconhecimento de direitos igualitários para homosssexuais.

Mais recentemente, vários sites ganharam o mundo e tratam de assuntos relativos ao público LGBTQIA+, sejam aspectos culturais como música, moda e audiovisual, até questões relativas à defesa e conquista de direitos e divulgação de notícias que antes não tinham espaço em uma mídia tradicional que, devemos reconhecer, tem mudado.

As redes sociais assumem papel importante na denúncia de abusos e de problemas sempre recorrentes à comunidade, além de um espaço para discussão compartilhamento e relacionamento. Tudo isso traz a sensação de pertencimento para quem, há algum tempo se sentia estranho e fora do contexto da sociedade e da família.

Essa pressão das redes tem trazido resultados muito positivos, mesmo sendo ignorados por alguns governantes e pelo congresso, que reflete toda a carga preconceituosa de nossa sociedade. A criminalização da homofobia, foi uma conquista recente da comunidade, que sempre sofreu muito com desrespeito e agressões em todos as esferas públicas e privadas, mesmo que saibamos que isso demora um tempo a ser respeitado, é um marco para a militância.

Foi graças ao movimento tão forte nas redes sociais que o direito ao casamento e adoção de filhos fossem permitidos no Brasil, pela via do STF é verdade, mas foi uma conquista. Questões carregadas de discriminação como a proibição de doação de sangue por pessoas declaradamente homossexuais e com vida sexual ativa, também caíram graças às pressões da internet. 

Todos os dias vemos pessoas públicas sendo responsabilizadas por atitudes e declarações preconceituosas e precisando reconhecer seus erros publicamente por terem ferido algum grupo, tudo isso graças à internet.

Este ano, pela primeira vez a Parada SP, a maior do mundo, não saiu às ruas por conta da COVID-19, mas foi representada virtualmente por diversos influenciadores e artistas em um dia inteiro pela internet, transmitida a partir das casas de cada um. Algo impossível de imaginar há duas décadas.

Foto: Pixabay

Em 51 anos muita coisa mudou para a comunidade, ainda há um longo caminho a ser percorrido, muitos direitos ainda a conquistar e muita repressão a combater. Mas uma coisa é certa: a tecnologia trouxe um novo fôlego para a discussão e uma maior abertura para as pessoas buscarem ser elas mesmas. Ao invés de se esconderem em padrões comportamentais exigidos por uma sociedade machista, paternalista e que mata por motivos banais.
Os direitos estão sendo conquistados, graças ao ativismo virtual ou ao ativismo real, mas podemos perceber que o apoio recebido graças à notoriedade trazida pelas redes sociais vem ajudando bastante na conquista dessas pequenas evoluções. O que a comunidade LGBTQIA+ (e outras letras que forem sendo acrescentadas no futuro) quer é: o direito de ser RESPEITADA e de ser IGUAL.

Publicado no Site RG

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O paradoxo das redes sociais

Em tempos de quarentena, um recurso muito utilizado para se manter próximo das pessoas que amamos são as redes sociais. Criadas para simular um mundo virtual onde compartilhamos nossas ideias e trocamos fotos, informações e nosso cotidiano mutuamente.

Utilizamos chamadas de vídeo individuais e em grupos, as famosas lives nas redes que transmitem vídeos, atualizamos nossas redes e nos atualizamos sobre as redes de quem nos interessam a partir de fotos que mostram o cotidiano e diminuem a nossa saudade.

Seria lindo se funcionasse dessa forma, mas não é sempre assim. Vimos várias redes sociais surgirem e desaparecerem em questão de poucos anos. Sempre que nosso direito de opinião é usado sem pensar no direito do ouvinte, essa relação costuma tornar-se nociva e as redes, que deveriam ser ambientes leves e de entretenimento, começam a se transformar em lugares pesados e cansativos.

O orkut experimentou essa decadência há alguns anos por conta de posicionamentos dos usuários e o excessivo uso de gifs. O Facebook anda dando sinais de cansaço com seu algoritmo que prioriza alguns assuntos que nem sempre estamos interessados por conta do número de curtidas e compartilhamentos. Inclusive a rede social vem sendo questionada por não limitar a difusão de notícias falsas.

Resultado tudo disso: muitas amizades foram desfeitas e até relacionamentos acabaram por conta de opiniões políticas, posicionamentos sobre assuntos que sequer as pessoas têm conhecimento, entre outras coisas.

Foto: Pixabay

O Instagram, famoso por toda a ostentação de muitos perfis, mostrou-se arrogante durante a quarentena, quando diversos influencers, vivendo em suas bolhas surreais, preferiam mostrar suas posses para pessoas que estavam angustiadas com seus empregos e com saudades do simples ato de sair de casa.

Restou o Tiktok, uma rede divertida e jovem que oferece todos os dias música, dança e humor para alimentar nossas almas com alguma alegria sem compromisso com estética ou patrocínio de grandes marcas de forma escancarada.

A cultura do cancelamento vem se repetindo diariamente. Artistas e pessoas comuns, que expressam alguma opinião contraditória, polêmica e até equivocada sofrem com um movimento que mais parece a modernidade líquida de Bauman e deixam, em poucas horas, de ser celebridades ou conhecidas respeitosamente, por conta de uma frase ou foto postada em uma das redes.

Foto: Carlos Rosillo

Bauman falava isso logo após a segunda guerra, principalmente em meados de 1960 ele percebia que as relações sólidas (chamada por ele de modernidade sólida) estavam dando lugar a relações mais voláteis (chamadas por ele de modernidade líquida). Se antes a humanidade baseava suas relações no estabelecimento de relações duradouras, agora ela colocava as relações como algo passageiro.

Isso se reflete muito na nossa cultura atual, chamada por Pierre Lévy de Cibercultura, por estar baseada em conexões cibernéticas. O filósofo falava, em 1999 que nossa cultura iria se modificar ao ponto de não podermos mais optar por fazer ou não parte disso, mas que ao mesmo tempo estaríamos imersos em um oceano (ou dilúvio) de informações úteis e inúteis e teríamos dificuldade para identificar o que era verdadeiro ou não (bastante semelhante com o momento, permeado de fake news e, em breve de deep fakes).

Em uma cena de Years and years (série da HBO que falei aqui no ano passado), uma das personagens, adepta do transumanismo, utilizava emojis para cobrir seu rosto enquanto interagia com seus pais, escondendo assim seus sentimentos reais. Bem semelhante com o que muita gente faz para mascarar suas próprias angústias. 

Ainda citando Lévy, esse grande número de conexões se contrapõe ao comportamento de pilhagem que algumas vezes os usuários do ciberespaço possuem. Sempre que alguém influente fala algo equivocado, inicia-se um processo muito grande de ataques em cima dele, ao ponto em que não há a possibilidade de defesa e a reputação dessa pessoa acaba-se em questão de horas.

Esse efeito manada dos internautas tem levado a alguma reações muito boas em algumas questões, mas ao mesmo tempo preocupante por ter um perfil de linchamento virtual, sem o direito de defesa nem a apresentação de provas contundentes, criando grandes tribunais da internet. Não quero citar um caso específico aqui, mesmo porque não pretendo julgá-lo mas tenho visto diversos, semanalmente e alguns, injustamente.

O fato de nos escondermos por trás de avatares em nossas redes sociais não nos exime do dever de respeitar as outras pessoas, assim como não nos tira o direito de sermos respeitados. Também não nos dá o direito de sermos juízes de acusação ou defesa de quem cometeu erros, isso cabe à polícia, quando necessário.

Foto: Pixabay

Em uma cultura baseada nas conexões cibernéticas, na qual o virtual tornou-se real, é importante buscar estabelecer laços para buscar criar vínculos mais próximos dos reais, como na modernidade sólida, antes que toda essa modernidade líquida faça com que nossas relações se percam por entre nossos dedos, como água.

Durante esse confinamento, você deu bom dia a alguém que você não falava há algum tempo? Talvez seja um bom momento para isso, crie sua própria rede social, independente de sites ou apps. Inspire, incentive e busque pessoas, faça conexões sociais com elas, pois somos animais sociais e precisamos desses elos em nosso cotidiano. E já que não podemos nos encontrar pessoalmente, que virtualmente seja caloroso e saudável.

Publicado no Site RG

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Devaneios Pandêmicos

Nos últimos meses tudo mudou em nossas rotinas, desde as aulas, o trabalho e até a forma de comemorar aniversários. Precisamos parar um pouco para nos protegermos e isso, em alguns casos serviu de alimento para a criatividade de algumas pessoas que produziram, com ou sem a temática da quarentena, música, arte, audiovisual e fotografia.

A quarentena é um momento de introspecção e de se voltar para atividades que, muitas vezes, deixamos para depois, é um momento de dedicarmos mais tempo a nós mesmos e isso pode abrir as portas para a criatividade. 

Crédito: Nickolas Muray

A gravidade foi descoberta por Isaac Newton em um momento de isolamento social causado pela grande praga no século XVII. Simone de Beauvoir escreveu a sua única peça “Les Bouches Inutiles” durante a ocupação da França pelos nazistas, enquanto Picasso mergulhou em um processo de criação artística bastante intenso. 

Motivada pela sua dificuldade de mobilidade causada por doenças e um acidente, Frida Kahlo, em cima de uma cama, transformou-se em uma grande pintora reconhecida mundialmente por seus auto-retratos autênticos e fortes. 

Diferente desses grandes nomes do passado, hoje contamos com recursos tecnológicos que facilitam bastante a conexão entre pessoas e a possibilidade de criar projetos colaborativos  intermediados pelos celulares, computadores e outros gadgets.

Um dos principais fenômenos desse período foi criado pelos cantores, todas as semanas, vimos surgir milhares de ‘lives’ musicais que ofereciam um alento para nossos corações nos mais diferentes estilos musicais. Deste a tocante e solitária apresentação de Andrea Bocelli em Milão, até os inúmeros (e recordistas de audiência) sertanejos que moveram o Brasil ou as batidas eletrônicas do DJ Alok. 

Adriana Calcanhotto, sempre antenada e adepta de uma discrição e um minimalismo bem característicos, escreveu, produziu, gravou, filmou e lançou um álbum baseado em suas experiências da quarentena, durante a quarentena. Intitulado de ‘Só’, o álbum viaja por temáticas como solidão, limitação de movimentos, silêncio, tédio e até atividades para fazer em casa. 

A artista brinca com ritmos impensáveis em sua discografia, como o funk ‘Bunda lê lê’ em parceria com Dennis DJ, que traz por baixo de alguns trocadilhos e críticas ao nosso momento atual, sugestões de coisas bem interessantes para fazer na quarentena.

Na educação, professores têm se desdobrado para reinventar a sala de aula, desde o ensino fundamental até o ensino superior a criatividade tem feito parte do cotidiano das aulas remotas. 

A reinvenção da dinâmica de sala de aula motivou a fotógrafa Marília Orange a propor, em sua disciplina de Fotografia, retratar o cotidiano, muitas vezes tedioso da quarentena, pelo olhar dos seus alunos da graduação em Publicidade e Propaganda em uma universidade no Recife.

Ela conta que “com a chegada da pandemia da COVID-19 ao Brasil e o início das aulas remotas, busquei refletir sobre o meu papel como professora nessa situação. A disciplina entraria no momento de contato mais intenso com as câmeras fotográficas profissionais, como eu poderia substituir isso? Como poderia ajudar meus alunos para além do conteúdo? O que poderia fazer para buscar suportarmos juntos esse momento? Imediatamente me veio à mente o Diário da Quarentena. Os alunos, com seus telefones celulares, passariam a registrar suas rotinas a partir do conhecimento construído e compartilhado em sala de aula.”

O resultado, além do conhecimento em técnicas de fotografia, configurações de exposição e composição fotográfica, foi um registro de luzes ângulos, planos e enquadramentos diferentes dos usuais em uma recriação do espaço residencial e da vizinhança visível pela janela sob uma nova ótica poética e sensível do isolamento social. O projeto funcionou muito bem e Marília tem planos de se tornar um um fotolivro em breve.

Crédito: Bruna Xavier

Crédito: Fernando Xavier

Crédito: Maria Eduarda Lima

O MASP, dentre tantos outros museus e galerias de arte mundo afora precisou se reinventar para chegar às casas das pessoas, já que suas portas estão fechadas temporariamente. Todas as terças o perfil do museu indica uma obra do seu acervo para que crianças e adultos as desenhem e imprimam suas próprias expressões em famosas pinturas como a ‘Composição (Figura Só)’ de Tarsila do Amaral, entre várias outras.

Crédito: MASP (Divulgação)

O resultado tem sido bastante interessante e participativo, quem se interessar, basta seguir o perfil do museu no instagram @masp e aguardar, todas as terças, o novo desafio lançado e, quem sabe, ganhar um Vale Amigo para poder visitar o museu gratuitamente assim que possível. Além disso, há uma programação diária com conteúdos voltados para a arte e educação, vale a visita sempre!

Graças às possibilidade da comunicação, outros encontros vêm sendo possíveis como os programas de entrevistas como o Conversa com Bial, que recentemente estreou a nova temporada em comemoração aos 70 anos da TV brasileira e já recebeu nomes como Xuxa, William Bonner, Glória Maria, Anitta, entre outros grandes nomes que passaram pela história da televisão. É transmitido nas madrugadas de sábado na TV Globo e também disponível no serviço de streaming Globoplay.

Crédito: Divulgação

No canal pago Multishow, Tatá Werneck convidou o seu marido Rafael Vitti para entrevistarem outros casais no Lady and Bofe, spin-off do seu já bem estabelecido e divertido Lady Night. Com seu humor rápido como uma bala, Tatá faz perguntas sobre convivência e até desentendimentos dos casais durante a quarentena. Os episódios são bem curtos e vão ao ar de segunda a quinta às 21:45.

A quarentena tem sido bastante restritiva e pode ter tirado o direito de ir e vir de muita gente, mas garanto que a criatividade segue em plena atividade e, como sempre, buscando sempre meios de se expressar seja digital ou analogicamente.

Não sabemos ainda quanto tempo teremos que ficar em casa, mas sabemos que de tédio não sofreremos com tanta produção despontando por todos os lados. 
Mas conta, que talentos você descobriu ou investiu mais tempo recentemente?

Fonte: https://siterg.uol.com.br/cultura/2020/06/12/devaneios-pandemicos/

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Gente de Vanguarda – Design do Bem
Marcos Tenório

Design do bem

Marcos Tenório, que ficou conhecido em Caruaru com sua agência Kalulu e hoje é docente da Escola de Comunicação do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG), juntou suas turmas para um projeto ultra bacana (levando em consideração a necessidade do ensino à distância) nesse semestre: um desafio para os alunos criarem campanhas em prol de arrecadar donativos e dinheiro, como forma de apoio ao Projeto Vivências e Instituto Jovens Samurais.

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O Vivências, fundado por Marlon Presotto, distribui doações para famílias em situação de rua, no Centro de Recife. Já o Instituto Jovens Samurais, localizado na comunidade Dom Helder Câmara em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, oferece aulas de jiu-jitsu para crianças carentes, e conta com um financiamento coletivo para manter as portas abertas.

Fonte: http://www.blogdovanguarda.com.br/coluna-gente-de-vanguarda-74/

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A Microsoft está atenta: A família Surface está crescendo

A última semana foi bastante animada para quem, como eu, estava reclamando da falta de notícias sobre lançamentos, a Amazon finalmente lançou a Alexa e os dispositivos Echo no Brasil, que eu fui beta tester durante cerca de seis meses e, confesso, amo meus Echos Dots!

Mas outro lançamento, silencioso como sempre, mexeu com as tendências do mercado tecnológico mundial. Há algum tempo as empresas vêm tentando desenvolver dispositivos com duas telas: Huawei e Samsung saíram na frente mas não conseguiram lançar suas soluções no mercado ou ainda, tiveram problemas quando tentaram fazer isso.

Divulgação Samsung

O muito interessante e atraente Galaxy Fold foi um fiasco no lançamento, o aparelho belíssimo mas com problemas na tela, que descascava nos primeiros usos foi distribuído para influenciadores que, ao invés de divulgar um super novo dispositivo, divulgaram um grande novo problema que poderia ter chegado ao mercado e sujado mais uma vez a imagem da empresa coreana.

Daí chega a Microsoft, sim, aquela empresa do Windows que nem sempre é considerada a vanguarda da inovação tecnológica. Confesso que sempre achei injustiça pois os produtos dela têm ótima qualidade, principalmente seus devices. Os dispositivos como mouses, teclados, Xbox, entre outros são reconhecidos pela incrível qualidade.

Divulgação Microsoft

A linha Surface levou a empresa americana ao patamar de criadora de tendências em notebooks e tablets há alguns anos, desde o lançamento do Surface RT e do Pro, a empresa vem encabeçando mudanças significativas nesse mercado.

Divulgação Microsoft

Recentemente a empresa lançou mais opções de dispositivos para essa linha, como o Surface Studio, um desktop criado especialmente para designers, ilustradores e arquitetos. E a mais nova empreitada dela é um notebook de duas telas com uma nova versão especial do windows para esse tipo de dispositivos.

Divulgação Microsoft

O Surface Neo é a nova versão desse sucesso da Microsoft, ele tem duas telas de 9 polegadas, uma versão especial do windows chamada de Windows X, lançada no mesmo evento e todas as potencialidades de um chip InteI Lakefield criado especificamente para dispositivos com duas telas e novas interações.

Divulgação Microsoft

Além do novo “notebook” também foram lançados a Surface Slim Pen, uma caneta que se integra ao aparelho e os Surface Ear Buds, fones de ouvido intra-auriculares sem fio. Além da Type Cover, uma capa com teclado que se integra às telas de forma bastante interessante, adicionando novas funcionalidades a ela, como a touch bar dos Macbooks

Divulgação Microsoft

Junto com o irmão maior a empresa lançou também o Surface Duo, um Smartphone com Android embarcado e, da mesma forma que o Neo, com duas telas unidas por uma dobradiça. Essa não é a primeira vez que eles se aventuram pelo mundo dos Smartphones, durante algum tempo a empresa manteve seu próprio sistema operacional móvel

Divulgação Microsoft

O Windows Phone, que depois virou Mobile, foi uma empreitada interessante e frustrada da empresa que buscou emplacar um sistema operacional leve e robusto, mas que não tinha aplicativos suficientemente famosos que levassem os usuários a trocar seus telefones pelos Nokias, HTC e Samsung existentes com o sistema. Sua aventura móvel deixou de receber novos aparelhos em 2015, quando reconheceu que sim, ele estava morto.

Divulgação Microsoft

Agora a Microsoft parece que aprendeu com seus erros do passado e criou o novo dispositivo junto com a poderosa Google, o que garante acesso aos milhares de aplicativos da Play Store, além de atualizações do sistema.

A gigante de Redmond parece ter reencontrado seu caminho para a inovação e voltou a apostar na inventividade, deixando a cara sisuda que muitas vezes teve. Um dos grandes gargalos deles é o Marketing que investe apenas em atacar a Apple ao invés de falar de seus diferenciais em relação à maçã.

Torço, sinceramente que a empresa não abandone seus lançamentos e fãs (eu era um deles) e, além disso, lembre-se que existe um mercado interessante no Brasil, já que a linha surface nunca ensaiou ser lançada por aqui até hoje.

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Lab Criativo desenvolve projetos para cursos de comunicação

Objetivo do laboratório experimental é trazer o contato direto com a realidade do mercado de trabalho para os alunos de comunicação.

O Lab Criativo, criado em 2018 pela Escola de Comunicação UNIFG, reúne estudantes dos cursos de Jornalismo, Rádio e TV, Publicidade e Propaganda, Design Gráfico e Fotografia. Os alunos, a partir de uma abordagem multidisciplinar, recebem orientação dos professores coordenadores do projeto, profs. Alessandra Ferreira e Marcos Tenório. Lab Criativo é o nome da Agência Experimental dos cursos de Comunicação da UNIFG. Nela, os alunos podem utilizar, para suas atividades acadêmicas, os estúdios e laboratórios de informática.

A Agência Experimental realiza trabalhos práticos em todas as áreas de comunicação e tem o objetivo de refinar e aprimorar o aprendizado em sala com um ambiente profissional. Ao mesmo tempo busca se aproximar da comunidade, que pode contar com produtos comunicacionais desenvolvidos pelos alunos da instituição.

Atualmente, pelo menos quatro projetos estão em andamento: Revista Ágora – Comunicação e Política, Catálogo de Economia Criativa de Jaboatão dos Guararapes, TV UNIFG e Rádio UNIFG.

Publicada em: https://unifg.edu.br/noticias/lab-criativo-desenvolve-projetos-para-cursos-de-comunicacao/?fbclid=IwAR0k6AdKMHENfUW5Pu4rgyLmJaZ7EFmZHpRf8woe59wG4eeFx_vJq3Cgb-U#.XZh9AfBuF_Q.facebook

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O poder de fogo da Amazon

Antes de falar sobre o tema principal do artigo, vou comentar um pouco sobre o que aconteceu no último dia 10. A Apple, como prometido, lançou seus novos smartphones, chamados de iPhone 11 e iPhone 11 Pro (não entendi a necessidade de criar essa nova nomenclatura). 

Há duas semanas eu falava aqui sobre a crise criativa da maçã e comentava que a única coisa que estava mudando nas novas versões do seu super smartphone era a câmera. Acertei quando previ que seria uma das poucas mudanças e que isso não justificaria a troca de um modelo por outro mais novo.

Novos iPhones 11 Pro – Fonte: Apple

O evento aconteceu normalmente, com certo furor da imprensa especializada e dos fãs da marca que perdeu duas grandes e importantes cabeças de desenvolvimentos de seus produtos: Steve Jobs e Jon Ive, ambos responsáveis pelo design, ousadia, inventividade e o alto nível de qualidade dos gadgets da companhia.

O novo iPhone (ou novos) teve como novidades a câmera, com a adição de mais uma lente, confirmando os rumores e o vazamento de fotos que aconteceu antes da data, além de novos chips. Fora isso, prometem uma melhor bateria e tela, que finalmente é OLED. A Apple raramente oferece informações mais detalhadas sobre suas melhorias.

Novos iPhones 11 – a versão “popular” – Fonte: Apple

Por outro lado, a gigante do comércio eletrônico Amazon, que inclusive acaba de entrar no clube do trilhão (seu valor de mercado), lançou no mesmo dia 10, o seu pacote de serviços Prime no Brasil.

Um pacote de serviços premium, por assinatura que inclui o Prime Vídeo – serviço de streaming de vídeo da companhia, Amazon Music – serviço de streaming de música que compete diretamente com gigantes do setor como Spotify, Tidal e Apple Music. Esse serviço de música vinha sendo testado no país e foi oficialmente lançado esta semana também.

Também faz parte do pacote o Prime Reading – serviço que já tinha algo semelhante aqui no Brasil: o Kindle Unlimited, que possibilita aos assinantes a leitura de publicações sem a necessidade de pagar mais nada. Para os aficionados em games, o serviço oferece acesso ao Twitch Prime, uma comunidade gamer gigantesca, além de itens extras dentro dos games.

Complementando, os assinantes do serviço Prime têm acesso a promoções exclusivas, descontos bastante convidativos em produtos já neste primeiro mês, as promoções incluirão produtos de marcas como Nespresso, Crocs, Faber-Castell, BLACK+DECKER, Acer, HyperX, Waterpik, Columbia, Maxi-Cosi, além de dispositivos Amazon, como Fire TV Stick. 

Amazon Prime – Fonte: Amazon

E, algo muito importante para um país com uma logística tão desestruturada como o nosso: frete grátis para todo o Brasil em produtos entregues pela Amazon. Quem mora em regiões distantes do eixo Rio-SP sempre tem problemas com o alto custo do frete nas compras em lojas virtuais. 

Isso afugenta algumas pessoas e torna o preço menos competitivo em algumas situações. E, em tempo de greve de correios se iniciando, é importante lembrar que a Amazon não faz entregas utilizando a empresa.

O lançamento não é lá tão inovativo, mas traz para o nosso país uma briga que já existe lá fora: o oferecimento de serviços de alta qualidade a preços bem mais interessantes que a concorrência, que faz as outras empresas se mexerem para baratear ou melhorar seus serviços.

Desde a sua chegada às terras tupiniquins, a Amazon – que toma emprestado o nome do nosso maior rio além da floresta que, diga-se de passagem, vem sofrendo bastante com nossas ações irresponsáveis – vem mostrando novas possibilidades para o nosso comércio eletrônico, além de trazer novos serviços e produtos que já faziam sucesso lá fora e andam dominando a cena em vários países.

Amazon Fire TV Stick 4K – Fonte: Amazon

A lista de lançamentos não vai parar por aí, recentemente foi descoberto que o seu adaptador de smart tv Fire TV Stick teve sua versão 4K homologada pela Anatel, sinal de que deve estar próximo de ser lançado por aqui.

Isso sem falar das caixas de som inteligentes Echo que já estão em teste por alguns usuários aqui no Brasil para a melhoria da compreensão do Português brasileiro. Sou um desses testadores e confesso que tenho gostado bastante da experiência. Há rumores de que elas devem ser lançadas no mercado nacional em outubro.

Amazon Echo Dot – Fonte: Amazon

Sinais de que a lista de presentes de natal já tem novos representantes e esse ano o comércio eletrônico também pode ganhar novos produtos tecnológicos que vêm pra mexer ainda mais com a hegemonia de outras marcas que não estão aproveitando seu poder de inovação, que sempre foi o carro chefe de seus produtos.

—

Marcos Tenório é Designer, Sócio da Kalulu Design&Comunicação, Mestrando em Design de Artefatos Digitais pela Universidade Federal de Pernambuco, Mentor do Armazém da Criatividade, Professor de Design de Interiores na Uninassau e de Design Gráfico na UNIFG. Criador do Podcast MaybeCast, nas principais plataformas.

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